quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Biopirataria

Estão roubando nossos princípios.


(créditos no vídeo)
(caso não consiga visualizar o vídeo, clique aqui)

Bem-vindo ao Blog Projeto Biopirataria.
Usando diversas fontes de informações e unindo-as aqui, nossa intenção é divulgar um crime que tem prejudicado não só a economia, mas o nosso povo brasileiro
. Estão não só comercializando nossos animais e plantas, mas a nossa cultura e princípios.

A biopirataria não é apenas o contrabando de diversas formas de vida da flora e da fauna mas principalmente, a apropriação e monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso dos recursos naturais. Ainda existe o fato de que estas populações estão perdendo o controle sobre esses recursos. No entanto, essa situação não é nova na Amazônia.
Este conhecimento portanto, é coletivo, e não cimplesmente uma mercadoria que se pode comercializar como qualquer objeto no mercado.
Porém, nos últimos anos, através do avanço da biotecnologia, da facilidade de se registrar marcas e patentes em âmbito internacional, bem como dos acordos internacionais sobre propriedade intelectual, tais como TRIPs (u
m tratado Internacional que encerrou a Rodada Uruguai e criou a Organização Mundial do Comércio), as possibilidades de tal exploração se multiplicaram.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Animais

Dos animais silvestres comercializados no Brasil, estima-se que 30% sejam exportados. O principal fluxo de comércio ilegal nacional dirige-se da região Nordeste para a região Sudeste, precisamente o eixo Rio - São Paulo. Grande parte da fauna silvestre é contrabandeada diretamente para países vizinhos, através das fronteiras fluviais e secas. Destes países fronteiriços seguem para países do primeiro mundo. Em todo negócio clandestino, é difícil estabelecer cifras precisas, mas sabe-se que o tráfico internacional de animais silvestres só perde, em faturamento, para o de drogas e de armas. Especialistas dizem que:

• O comércio ilegal de animais silvestres movimenta cerca de US$ 10 bilhões por ano em todo o mundo;
• 80% dos animais morrem antes de chegar ao “consumidor final”;
• 95% do comércio de animais silvestres brasileiros é ilegal.

Infelizmente, a lei brasileira é omissa quanto aos animais originários de outros países, os chamados "animais exóticos". Apesar de estarem sujeitos aos mesmos problemas, sua importação e manutenção em cativeiro não é proibida. E mais: há ainda o risco adicional destes animais escaparem e competirem com espécies locais, colocando em risco um delicado equilíbrio entre espécies.

Dados:

Algumas espécies de animais mais contrabandeadas:
(clique no nome para visualizar)

Mico-estrela (Callithrix jacchus)
Macaco-prego (Cebus apella)
Preguiça-de-três-dedos (Bradypus tridactylus)
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
Cascavel (Crotalus durissus)
Jacaré (Caiman latirostris)
Iguana (Iguana iguana)
Pássaro-preto (Gnorimopsar chopi)
Curió (Oryzoborus angolensis)
Papagaio verdadeiro (Amazona aestiva)
Cardeal (Paroaria dominicana)


(créditos no vídeo)
(caso não consiga visualizar o vídeo, clique aqui)

Noticias:

O CASO DA RÃ PHYLLOMEDUSA BICOLOR - VACINA DO SAPO

O sapo verde – phyllomedusa bicolor é a maior espécie do gênero da família Hylidae, que ocorre na Amazônia. Podendo ser encontrado em quase todos países amazônicos, como as Guianas, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia e Brasil. Principalmente no período das chuvas, sob árvores próximas aos igarapés. Onde coaxam por toda noite, anunciando chuva no dia seguinte. Mas, é na madrugada, que são "colhidos" a fim de retirarem sua secreção cutânea, para fazer a “vacina do sapo”.

Uso Tradicional
Tomar a vacina do sapo é uma prática antiga com fins medicinais, muito difundida entre os povos indígenas do Brasil e do Peru. A finalidade mais procurada é “tirar a panema”, ou seja, afastar a má sorte na caça e com as mulheres.
Existem variações nos rituais e nomes dados ao sapo verde. Na história antiga dos Kaxinawá, o sapo kampu (nome utilizado pelo povo Kaxinawá),era o chefe do “nixi pëi”, bebida preparada com o cipó Banisteriopsis caapi (ver também o caso da Ayahuasca). Já os Katukina, nunca o matam, pois dizem que poderão ser picados por cobra, pois seu veneno é retirado do sapo kambô. Para os Ashaninka, quando o sapo wapapatsi canta perto da casa, o dono tem que apanhá-lo, queimar os pulsos e dormir. Bem cedo, tem de preparar um mingau bem forte e bater nas costas do sapo, para ele soltar o veneno que será passado sobre a pele. Entretanto, o remédio somente terá resultado, se o caçador seguir as regras.
A vacina do sapo é considerada um remédio para muitos males pelas populações tradicionais do vale do Juruá, curando desde amarelão até dores em geral. Hoje, a vacina do sapo é utilizada também por seringueiros e vem sendo aplicada por alguns curandeiros nas cidades de Cruzeiro do Sul/AC e Rio Branco/AC.

O efeito da vacina do sapo é curto, porém muito forte: ”uma forte onda de calor, que sobe pelo corpo até a cabeça. A dilatação dos vasos sanguíneos parece provocar uma circulação mais veloz do sangue, deixando o rosto vermelho e, seguida fica pálido, a pressão baixa, podendo provocar náuseas, vomito e/ou diarréia. Durando cerca de 15 minutos. Sensação desagradável, que aos poucos retorna a normalidade, e a pessoa se sente mais leve, como se tivesse feito uma boa limpeza, causando uma maior disposição”.

Pesquisa internacional
Pesquisas científicas vem sendo realizadas sobre as propriedades da secreção de phyllomedusa bicolor desde da década 80 ou antes. O primeiro a “descobrir” as propriedades da secreção para a ciência moderna, foi um grupo de pesquisadores italianos. Amostras das rãs foram levadas do Peru para um pesquisador nos EUA (Pesquisador que já tinha pesquisado e patenteado anteriormente substancias da râ Epipedobates tricolor, utilizada tradicionalmente pelos povos indígenas de Equador. ver tambem na pagina mais casos).
Também foram publicadas pesquisas sobre as propriedades da secreção por pesquisadores franceses e israelitas. Mais recente, a Universidade de Kentucky (EUA) está pesquisando (e patenteando) uma das substâncias encontradas na secreção do sapo em colaboração com a empresa farmacêutica Zymogenetics.

Resultados surpreendentes
As pesquisas revelaram que a secreção de phyllomedusa bicolor contém uma serie de substancias altamente eficazes, sendo as principais a dermorfina e a deltorfina, pertencentes ao grupo dos peptídeos. Estes dois peptídeos eram desconhecidos antes das pesquisas de phyllomedusa bicolor. Dermorfina é um potente analgésico e deltorfina pode ser aplicada no tratamento da Ischemia. (um tipo de falta de circulação sanguínea e falta de oxigênio, que pode causar derrames). As substâncias da secreção do sapo também possuem propriedades antibióticas e de fortalecimento do sistema imunológico e ainda revelaram grande poder no tratamento do mal de Parkinson, aids, câncer, depressão e outras doenças.
Deltorfina e Dermorfina hoje estão sendo produzidos de forma sintética e os laboratórios podem adquirir-las através de compra on-line.


Artigo:


Biopirataria contrabando de animais

"Todos já sabem que o termo biopirataria não tem uma definição padrão, porém acho que a melhor definição é a seguinte: biopirataria é o contrabando não só da vida de um modo geral, mas também de conhecimentos de comunidades regionais (indígenas por exemplo) que passam a ser patenteados por empresas estrangeiras fazendo com que os lucros obtidos com tal produto e/ou conhecimento sejam em parte destinados aos donos da patente.

Porém hoje vou escrever sobre um tipo determinado de biopirataria, o contrabando de animais. Essa prática retira do Brasil 12 milhões de animais ao ano, a grande maioria proveniente na região amazônica que por ser o maior ecossistema do mundo atrai contrabandistas de várias partes do planeta.

Essa prática faz com que espécies que já são consideradas em extinção, sejam cassadas ainda mais, pois alcançam valores altíssimos no mercado negro exemplo disso é a arara azul, uma das aves brasileiras mais ameaçadas, que custa até US$ 60 mil.

Os países que mais sofrem com o contrabando de animais são justamente os países em desenvolvimento e os principais compradores são os Estados Unidos e a Europa ou seja, os mais ricos, é interessante observar que muitas vezes o tráfico de animais está também aliado ao tráfico de drogas segundo o coordenador do Renctas (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres) Dener Giovanini : “Entre 30% e 40% das 350 ou 400 quadrilhas, que no Brasil praticam o contrabando de animais, mantém ligações com o narcotráfico”.

Além dos compradores que buscam animais raros e de beleza exótica outro problema que tem que ser sanado com máxima urgência é o tráfico de animais como cobras e aranhas que são contrabandeadas a fim de fazer parte de pesquisas para o indústria farmacêutica

Mas como acabar com tudo isso? É bem simples primeiramente é necessário que se aumente a fiscalização das mercadorias enviadas por aqueles que se dizem “pesquisadores” estrangeiros. E também o mais importante: a conscientização das pessoas que compram esses animais e contribuem para a extinção dos mesmos, pois a maioria das pessoas não acha errado adquirir uma bela ave silvestre, porém essas pessoas se esquecem que a cada dez animais retirados da floresta apenas um sobrevive, e mesmo esses que sobrevivem quase nunca seu dono conseguirá reproduzir o de seu habitat natural.

Enfim o contrabando de animais é uma prática que deve ser extinta com máxima urgência , e acabar com ela depende também das autoridades competentes mas acima de tudo depende das pessoas comuns também, pois se não houvesse comprador ninguém venderia não é mesmo? E se você quiser adquirir um animal de estimação que não seja doméstico pense mais um pouco se ele não estaria melhor vivendo em seu habitat natural."

Juliana.


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Plantas

A Biopirataria de plantas (e de tradições medicinais indígenas) se faz com a entrada de estrangeiros com visto de turista, que, dentro da floresta amazônica, infiltram-se em comunidades tradicionais e pesquisam sobre a flora utilizada.
Ao ser descoberto o princípio ativo, registram uma patente, que lhes dá o direito de receber um valor a cada vez que aquele produto for comercializado. Vendem o produto para o mundo todo e até mesmo para o próprio país de origem, cujas comunidades tradicionais já tinham o conhecimento da sua utilização.

Pau Brasil

A historia da biopirataria na Amazônia começou logo depois a "descoberta" pelos portugueses em 1500, quando os mesmos roubaram dos povos indígenas da região o segredo de como extrair um pigmento vermelho do Pau Brasil. Hoje, a flora e a fauna do Brasil continuam desaparecendo e a madeira que deu ao Brasil seu nome, está sendo preservada apenas em alguns jardins botânicos.

Seringa

Provavelmente o caso mais infame é o do inglês Henry Wickham, que levou em 1876 sementes da árvore da seringueira - uns dizem que as sementes foram escondidas entre folhas de bananeira - rumo a uma nova plantação de Hevea brasiliensis nas colônias Britânicas na Malásia. Após algumas décadas a Malásia tornou-se o principal exportador de látex, arruinando a economia da Amazônia que era baseada principalmente na exploração da borracha. Nesse episódio histórico, Wickham foi armado cavaleiro pelo rei da Inglaterra, George V, porém, considerado maldito pelos seringueiros brasileiros que o chamaram "o Executor da Amazônia".

Quinina

Outro exemplo é o quinina, um remédio contra malária. Os povos indígenas usavam a planta para tratamento de febre. Derivado da árvore de cinchona (Cinchona officinalis), ela foi usada na década 20 nos Estados Unidos para o tratamento de malária. O produto ficou conhecido como "casca de febre dos Índios" (Indian fever bark) e foi usado na Europa desde o inicio do século 16. (Um século mais tarde seu nome foi mudado para "casca de febre de Jesuíta"). A demanda pela cinchona desencadeou um processo de exploração que quase a fez extinta. Contrabandeando a planta da América do Sul para Java, em 1865, o inglês Charles Ledger, na verdade, contribuiu com sua preservação. E apenas sessenta anos mais tarde, mais que 95% do quinina do mundo vinha de Java.

Curare

O conflito é inevitável quando se trata do patenteamento de plantas medicinais: o curare, por exemplo, uma mistura tóxica de várias plantas, usada tradicionalmente por algumas etnias indígenas da Amazônia, para envenenar as pontas de suas flexas cuja fórmula foi mantida em segredo pelos indios durante séculos.
Alexander von Humboldt foi o primeiro Europeu, em 1800, a testemunhar e descrever como os ingredientes eram preparados.
Mas o curare começaria a ser utilizado como um anestésico apenas em 1943, quatro anos depois que seu ingrediente ativo, o d-tubocurarine foi isolado.

O Caso do Cupuaçu

O Cupuaçu (Theobroma Grandiflorum) é uma árvore de porte pequeno a médio que pertence à mesma família do Cacau e pode alcançar até 20 metros em altura. A fruta de Cupuaçu foi uma fonte primária de alimento na floresta Amazônica tanto para as populações indígenas, quanto para os animais. Essa fruta tornou-se conhecida por sua polpa cremosa de sabor exótico. A polpa é usada no Brasil inteiro e no Peru para fazer sucos, cremes de sorvete, geléia e tortas. Amadurece nos meses chuvosos de janeiro a abril e é considerada uma delicadeza na culinária de cidades sul americanas onde a demanda ultrapassa o estoque.



Uso tradicional
Povos indígenas assim como comunidades locais ao longo do Amazonas cultivaram Cupuaçu como uma fonte primária de alimento desde gerações. Nos tempos antigos, sementes de Cupuaçu foram negociadas ao longo do Rio Negro e Orinoco onde o suco de Cupuaçu, depois de ser abençoado por um pajé foi utilizado para facilitar nascimentos difíceis. O povo Tikuna utiliza as sementes do Cupuaçu para dores abdominais.

Potencial econômico - Chocolate de Cupuaçu
O valor relativamente alto do mercado da polpa da fruta ($ 2 - 4 por kg), usada para a produção de produtos frescos, faz o cultivo de árvores de cupuaçu mais e mais atraente.
Além do mais, as características semelhantes ao cacau (Theobroma cacao L.) permite que, além da produção da polpa, as sementes de T. grandiflorum (ca. 20 % de peso fresco) possam ser usadas também para fabricar um tipo de chocolate .
Existem iniciativas em várias regiões do Brasil para desenvolver o chocolate de cupuaçu, também chamado de "cupulate".
No Japão este Chocolate já está sendo produzido e comercializado.
Somente no primeiro quadrimestre do ano 2002, o Amazonas exportou 50 toneladas de sementes de cupuaçu para o Japão.
A expectativa é de que os japoneses comprem aproximadamente 200 toneladas de sementes de cupuaçu para beneficiamento no ano que vem. Novamente, assumimos, ou pior, incentivamos o insignificante papel de exportadores de matéria prima.

Cupulate - Invenção de empresas Japonesas e Americanas?
Existem várias patentes sobre a extração do óleo da semente do cupuaçu e a produção do chocolate de cupuaçu. Quase todas as patentes registradas pela empresa ASAHI Foods Co., Ltd. De Kyoto, Japão.
O suposto inventor, Sr. Nagasawa Makoto é ao mesmo tempo diretor da Asahi Foods e titular da empresa americana "Cupuacu International Inc.", que possui outra patente mundial sobre a semente do Cupuaçu.

Cupuaçu e Cupulate - Marcas registradas no Japão, na Europa e nos EUA
Alem destas patentes, a ASAHI Foods Co., Ltd. registrou o nome "cupuaçu" como marca registrada para varias classes de produtos (incluindo chocolate) no Japão, na União Européia e nos Estados Unidos.
Obtivemos noticias que, na Alemanha os advogados da ASAHI Foods Co., Ltd. ameaçaram com multas de 10.000 $ uma empresa que comercializa geléia de cupuaçu (um outro detentor da marca "cupuaçu") por causa do uso do nome "cupuaçu" no rótulo da geléia.
A pesar da palavra”Cupuaçu”, a ASAHI Foods Co., Ltd. registrou ainda como sua marca a palavra “cupulate” na União Européia e no Japão.

(Saiba mais sobre o caso do cupuaçu na sessão: Aldeias Vigilantes)

Lembretes:

- a retirada ilegal de madeira e produtos da floresta para fins comerciais é um crime previsto na Lei de número 9.605/98, de crimes ambientais.

- os produtos amazônicos com reconhecido poder medicinal mais procurados pelos piratas da floresta são a casca da Jatobá, casca do Ipê-roxo, folha da pata-de-vaca, cipó da unha- de-gato, casca da canelão e da catuaba. De acordo com estudos realizados por pesquisadores brasileiros foram identificadas 105 espécies medicinais, que estão entre as mais visadas na Amazônia.

- no mercado mundial de medicamentos (US$ 320 bilhões anuais), 40% dos remédios são oriundos direta ou indiretamente de fontes naturais (30% de origem vegetal e 10% de animal). Estima-se que 25 mil espécies de plantas sejam usadas para a produção de medicamentos.

Artigo:

Ladrões de gravata, egocentrismo nas alturas e Amazônia cobiçada

"Não é novidade que a Amazônia é um tesouro da natureza que ainda sobrevive, já que há séculos destruíram o resto das florestas pelo ao redor do globo.
Os homens de dinheiro só notaram há pouco tempo que nada é para sempre, ou seja, que só restou a floresta Amazônica, que por sinal, agora virou um belo investimento, não que eles estejam preocupados em preservá-la.
Já não tivesse bastado os diversos roubos que constam nos livros de história, há mais de 500 anos roubaram quase todo o pau-brasil e depois teve um inglês que levou mudas de seringueira estragando a economia de Amazonas, agora virou moda levar plantas da Amazônia e patentear plantas nativas daqui.
As plantas que foram “roubadas” são: cupuaçu, açaí,copaíba e andiroba.
Essas plantas foram patenteadas por países europeus, Estados Unidos e Japão. Me perdoem se estiver errada mas, que eu saiba só patenteamos uma coisa que críamos ou descobrimos. Ou seja, esses países estão ignorando a cultura nativa brasileira, pisando em cima como se no Brasil ninguém usasse, conhecesse ou tivesse capacidade de ver que essas plantas podem ser utilizadas para o benefício humano. Simplesmente consideram-se, como sempre, os salvadores do mundo, já que em sites de busca, como no Wikipedia em inglês, constam que eles estão apenas “comercializando conhecimentos tradicionais” e “salvando crianças doentes”. A pior foi “biopirataria é um termo pejorativo para a comercialização de conhecimentos indígenas".
Há outras diversas plantas que cientistas cobiçam para o progresso de pesquisas na área biomédica.
E o pior de tudo é saber que o próprio brasileiro não sabe o que é biopirataria.
Então para que fique claro, biopirataria é a exploração, manipulação, exportação e/ou comercialização internacional de recursos biológicos que contrariam as normas da Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992.
Brasileiros abram seus olhos para que enxerguem a riqueza que estão tirando de vocês. Não se iludam com nomenclaturas bonitas e sim encarem o problema e façam com que as autoridades tomem uma posição mais firme perante este problema.
Concluímos que se largamos a floresta sem nenhuma proteção seria como deixar a porta de sua casa escancarada enquanto você está fora.

Karina, uma estudante revoltada perante uma situação ridícula.

domingo, 7 de setembro de 2008

Projeto Aldeias Vigilantes

O projeto “Aldeias Vigilantes: uma nova abordagem na Proteção dos Conhecimentos Tradicionais e no Combate a Biopirataria na Amazônia” visa levar a comunidade indígena um programa de caráter informativo, educativo e conscientizador sobre fatos envolvendo apropriação dasautorizada de conhecimentos tradicionais e recursos biológicos da Amazônia, numa linguagem adequada à diversidade étnica e cultural de cada Povo.
(para ler mais sobre o projeto, clique aqui)

Confira o projeto:

Parte 1:


Parte 2:


Parte 3:


(caso não consiga visualizar os vídeos, clique aqui, aqui e aqui)

sábado, 6 de setembro de 2008

Dados matemáticos e curiosidades

• O tráfico de animais silvestres movimenta aproximadamente 1,5 bilhões de dólares por ano no Brasil;

• Só 10% dos 38 milhões de animais capturados ilegalmente por ano no Brasil, chegam a ser comercializados, os 90% restantes morrem por más condições de transporte;

• Uma arara-azul pode chegar a valer 60.000 dólares no mercado internacional;

• A internet é um dos meios mais utilizados para a venda ilegal de animais silvestres, pode ser que agora mesmo muitos estejam sendo vendidos subliminarmente em sites como E-bay e Mercado Livre;

• A pena para os traficantes é de seis meses a um ano de prisão, além de multas de até 5.500 reais por exemplar apreendido;

• No mercado mundial de medicamentos 30% dos remédios são de origem vegetal e 10% de origem animal;

• Estima-se que 25 mil espécies de plantas sejam usadas para a produção de medicamentos;

• Cálculos feitos há três anos pelo Ibama indicavam que o Brasil já tinha um prejuízo diário da ordem de US$ 16 milhões (mais de US$ 5,7 bilhões anuais) por conta da biopirataria internacional, que leva as matérias-primas e produtos brasileiros para o exterior e os patenteia em seus países sedes, impedindo as empresas brasileiras de vendê-los lá fora e de ter de pagar royalties para importá-los em forma de produtos acabados.

• O comércio ilegal de animais silvestres movimenta cerca de US$ 10 bilhões por ano em todo o mundo;

• 95% do comércio de animais silvestres brasileiros é ilegal.

• Biopirataria no Brasil começou logo após o descobrimento do Brasil pelos portugueses, em 1500, quando estes se apropriaram das técnicas de extração do pigmento vermelho do Pau Brasil, dominadas pelos índios, explorando o Pau Brasil, causando o risco de sua extinção;)

• Outro caso de biopirataria, foi o contrabando de sementes da árvore de seringueira no ano de 1876, pelo inglês Henry Wickham, sendo levadas para a Malásia que após algumas décadas passou a ser o principal exportador de látex;biopirataria e a exploraçao comecializaçao de recursos biologicos os lugares mais afetados pele biopirataria e a amazonia a biopirataria afeta a fauna e a flora (animais)

• O termo “biopirataria” foi lançado em 1993 pela ONG RAFI (hoje ETC-Group) para alertar sobre o fato do conhecimento tradicional e dos recursos biológicos estarem sendo apanhados e patenteados por empresas multinacionais e instituições cientificas. Tais comunidades, que geraram estes conhecimentos fazendo uso destes recursos ao longo dos séculos, estão sendo lesadas por não participarem dos lucros produzidos pelas multinacionais.

Artigo:

Biopirataria: comercialização às escuras

"Sempre que algo nos impressiona, principalmente quando isso envolve várias nações, nos perguntamos como pode. No caso da Biopirataria, nos perguntamos como podem as outras nações fazerem isso, agirem como se fosse correto e o próprio povo dessas nações, seres humanos, não se importarem? Nos causa espanto, indignação e às vezes até ódio.

Mas você já se perguntou por que quase ninguém desses povos se importa? A resposta eu descobri ao fazer esse projeto. Desinformação.

Ao pesquisar sobre o assunto nas línguas estrangeiras, principalmente em inglês, achei muito pouco. E o que achei veio com informações, ouso dizer, deturpadas, manipuladas.

Como todos sabem, o Wikipedia, enciclopédia livre, pode ser editado por qualquer um. Em minha opinião é a melhor fonte para encontrar o que o povo realmente sabe. Quer saber como a informação sobre Biopirataria é divulgada em inglês, por exemplo?

Wikipedia - Biopiracy

“Biopiracy is a negative term”. Sim, um termo negativo. Também em minha opinião a melhor forma de controlar a reação de outras pessoas é saber escolher bem as palavras. Se alguém pede para que você “faça silêncio, por favor” te causa menos espanto do que se te disserem “cale a boca!”, porém, o fato é um só: você está fazendo barulho e a outra pessoa está incomodada. Claro que nesse caso se trata de educação. Mandar alguém calar a boca não é nada respeitoso ou educado. Mas quando se trata de lei, um roubo não pode ser divulgado como “Commercialization of traditional medicines”. Se for assim, o homicida poderia dizer “não foi homicídio, foi apenas uma deportação de alma”.

De que adianta existir uma lei se o governo do seu país divulga o descumprimento da mesma como se fosse a coisa mais normal do mundo?"

Camila, estudante


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Fontes de pesquisa e links relacionados

Portal Aprende Brasil
Amazonlink.org
Projeto Aldeias Vigilantes
Wikipedia - Biopirataria
Wikipedia - Biopiracy
Wikipedia - Biopiratería
Captain Hook Awards
YouTube
Biopirataria.org
Ministério do Meio Ambiente
Ecoambiental
Biopiratería
Biodiversidadla
El País
Ecoloxistesasturies

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

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